5 setores que o selo verde pode ajudar!

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Todos sabemos que a produção de bens de consumo, prestação de serviços e qualquer outra atividade econômica causam impacto sobre o meio ambiente. Basta pensar que, no simples ato de deslocamento, realizado em um veículo motor, relaciona-se com a poluição atmosférica, ou seja, emite CO2. Não à toa, cada vez fala-se mais em logística verde e economia circular que ressaltam a importância do olhar sobre os impactos ambientais também como pilar, não mais como uma vantagem competitiva. 

É sempre bom lembrar que, de forma alguma, estamos falando para você abandonar seu meio de transporte e andar só a pé ou de bicicleta, ou interromper seu processo produtivo e criar um mais ecológico do zero. Entretanto, ao mínimo, você deve compreender a dimensão do impacto de cada processo, dentro da sua empresa, para o meio ambiente. 

Na verdade, esse seria o ponto de partida. Com isso bem parametrizado, você pode mostrar sua preocupação com o meio ambiente, sem alterar sua cadeia produtiva, com projetos dentro do mercado de carbono. Vamos agora entender um pouco mais sobre como surgiu esse mercado e como ele atua no nosso contexto atual.

Como surgiu o mercado de carbono?

O mercado de carbono surgiu em encontros globais acontecidos na década de 90. Em 1992, ocorreu A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, ou ECO-92, um encontro onde mais de 170 países estabeleceram compromissos quanto às questões ambientais. Mais tarde, em 1997, foi firmado o protocolo de Kyoto, documento que estabelecia o compromisso conjunto de diversas nações emissoras de gases do efeito estufa (GEEs), que representavam mais de 55% das emissões desses gases no planeta de reduzirem a emissão desses gases causadores do aquecimento global.

Emissão de carbono

Como o mercado de carbono atua atualmente?

Hoje já tem-se muito bem definida uma unidade de medida desse mercado que é o crédito de carbono. Ele equivale a uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivalente. O termo equivalente entra, nesse caso, pois quando falamos de GEE estamos tratando de vários gases e cada um deles impactam o meio ambiente de uma maneira distinta. 

Por exemplo, uma tonelada emitida de gás metano, CH4, equivale a emissão de 21 toneladas de CO2, por isso diz-se que ele é 21 toneladas de CO2 equivalente. Outro exemplo, para ilustrar no nosso cotidiano é o hidrofluorcarbono (existem diferentes tipos), mais especificamente o HFC125, é um gás muito empregado em sistemas de refrigeração e possui um CO2 equivalente de 2.800.

Voltando para o funcionamento do mercado de créditos de carbono ele atua, basicamente, em quatro vertentes que são:  Comércio de emissões, implementação conjunta, mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL) e mercado voluntário, sendo os três primeiros mais voltados para o âmbito governamental de cada nação enquanto o último relaciona-se a ações independentes de corporações ou indivíduos. 

Mercado de créditos de carbono

Independente da vertente, todas trabalham com a contabilização da pegada de carbono de uma empresa, órgão governamental ou pessoa física. Agora, vamos entender como é feita essa contabilização:

Como é feita a contabilização da pegada de carbono?

Nesse ponto, logo de início, é importante ressaltar, que o processo de contabilização da pegada de carbono deve ser contínuo. Na medida que, ano após ano, o entendimento das emissões de carbono e a melhoria dos registros internos vão acontecendo, o inventário dos gases do efeito estufa (IGEE), que é um documento final anual elaborado sobre a pegada de carbono, vai ficando mais robusto. 

A pegada de carbono é contabilizada e dividida em três fontes distintas denominadas de escopos.

  • Escopo 1 : Emissões diretas 

Todas as emissões devido a queima de combustíveis, processos químicos e físicos, processos de fabricação de produtos, transporte de veículos pertencentes a empresa. Também entram nesse escopo emissões fugitivas (como quando é preciso ser feita manutenção em sistemas de refrigeração) e emissões agrícolas (preparo de solo, fermentativas, dentre outras).

  • Escopo 2: Emissões indiretas de GEEs

Todas as emissões que envolvem geração de energia (térmica e elétrica) e que são consumidas pela organização. 

Escopo 2: Fonte de geração de energia

  • Escopo 3: Outras emissões indiretas de GEEs

Emissões que resultam da atividade de uma corporação, mas não são controladas por ela. Diversos processos terceirizados entram aqui. É muito comum que nesse escopo sejam relatados tratamento de resíduos sólidos e de efluentes líquidos (se esse tipo de serviço for terceirizado).  Também entram nessa categoria transporte de bens e serviços adquiridos (upstream) e de bens e serviços vendidos (downstream). Deslocamento de funcionários e viagens a negócios também entram nesse escopo. 

Resíduos Sólidos

Resumidamente, esses são os escopos e tipos de emissão de carbono registrados em cada um deles. Evidentemente, cada empresa tem um tipo de funcionamento específico e, portanto, é preciso atenção para tais processos para a elaboração de um bom inventário. Aposto que dentro da sua empresa algum desses tipos de emissão ocorre e, possivelmente, a situação passa despercebida. A seguir, levantamos cinco tipos de empresas que sempre possuem emissões consideráveis de GEE e que devem ter atenção especial para sua pegada de carbono.

5 setores que devem estar atentos a pegada de carbono

1- Empresas de Plástico

Os plásticos descartáveis ​​são feitos de polímeros e usam combustíveis fósseis como matéria-prima. De acordo com estudos, as estimativas acadêmicas da pegada de carbono dos plásticos mostram que todo o ciclo de vida dos plásticos descartáveis ​​em 2019 foi responsável por cerca de 1,5% das emissões globais de gases de efeito estufa, dos quais os polímeros são o principal contribuinte. Ademais, de acordo com o atual caminho de crescimento, até 2050, se o mundo atingir a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a menos de 2ºC, os plásticos descartáveis ​​podem ser responsáveis ​​por 5-10% das emissões anuais de gases de efeito estufa.

2- Delivery 

A Foodtech iFood anunciou recentemente um ambicioso plano denominado Regenera, que visa eliminar completamente as emissões de carbono da empresa até 2025, principalmente no setor de delivery. A ideia é “medir, reduzir e neutralizar” todas as emissões de gases de efeito estufa. O primeiro passo é obter dados da empresa de tecnologia especializada, que criou um inventário de emissões de uma empresa de delivery e tecnologia de alimentos para 2020. No total, foram emitidas 128.000 toneladas de dióxido de carbono – segundo a iFood, sua neutralização será por meio de um projeto verde (investimentos em proteção ambiental e projetos de reflorestamento).

3- Construção civil 

Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o setor de engenharia civil, principalmente edificações, é um dos maiores consumidores de recursos naturais e causa considerável impacto ambiental e emissão de dióxido de carbono. Segundo dados do C40 Cities, as edificações são uma das principais fontes de emissão de gases de efeito estufa (GEE) urbanos, portanto, onde há muito espaço para redução dessas emissões. Esta descoberta é ainda mais chocante se considerarmos o aumento da temperatura causado pelas mudanças climáticas ou outras epidemias (semelhante ao COVID-19), caso em que as pessoas podem ficar no prédio por mais tempo, e o controle artificial do clima consome mais energia e emissões. 

4- Siderúrgica

Fornecedores de tecnologia e produtores de aço europeus enfrentam o desafio de buscar reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, que é a chave do aquecimento global. 

Por exemplo, as inovações em estudo ou em fase piloto na Alemanha, Áustria e Bélgica baseiam-se em dois portadores: a conversão dos gases de exaustão (principalmente CO2) em subprodutos e a substituição dos combustíveis fósseis por fontes de energia sustentáveis. 

Outro exemplo, dessa vez nacional são as unidades da ArcelorMittal, com destaque para as operações no Brasil, já são reconhecidamente eficientes em termos energéticos para os padrões tecnológicos atuais. A empresa investe em processos produtivos mais limpos, projetos de eficiência energética e tecnologias de baixo carbono para controle e minimização de emissões de poluentes atmosféricos e gases de efeito estufa.

5- Produtos químicos 

Desde cerca da década de 1990, a indústria química vem buscando adotar uma postura de redução, prevenção ou eliminação, o que mostra um novo momento na busca por alternativas de produção que não agridam a natureza. Junto com esse conceito, a química verde foi proposta nos Estados Unidos em 1991 pelos químicos norte-americanos Paul Anastas e John Warner. Em 1993, a União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) reconheceu e aprovou a criação da química verde, definindo-a como “a invenção, desenvolvimento e aplicação de produtos químicos e processos para reduzir ou eliminar o uso e produção de substâncias nocivas”.

A Química Jr. pode te ajudar


Assim como foi feito no setor de delivery da iFood e em outros citados anteriormente, a Química Jr. trabalha justamente com levantamento de emissões de carbono, proposição de estratégias de remediação e ações sociais e de marketing verde atendidos totalmente  sob demanda.  Tudo isso está inserido no nosso Projeto Verde. Entre em contato conosco para entendermos mais da sua necessidade. Obrigado pela leitura!

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