Antes de começarmos, tenho uma dica especial para você que se interessa em sustentabilidade e química verde. A Química Jr. desenvolveu um e-book completo e gratuito sobre o nosso Projeto Verde, que trabalha estratégias para neutralização de carbono em empresas e eventos. Acesse e garanta logo o seu!
Bora pro texto?
Química verde, a ciência do momento
As transformações sociais, como o consumismo em excesso, geraram no âmbito industrial o aumento na demanda por recursos naturais, afim de suprir o crescente mercado. Frente a esta realidade, alterações em todo sistema ambiental, como o aumento da poluição do ar, do solo, da água e aumento do lixo produzido diariamente, tem culminado em sérios problemas ambientais que colocam em risco todas as formas de vida do planeta Terra. Diante dessa problemática, empresas têm cada vez mais buscado soluções com um posicionamento de consciência ecológica, assumindo a postura de eco-friendly.
Empresas como Natura, Coca-Cola e Nike são algumas que se comprometeram e dão exemplos nas práticas sustentáveis, usando isso em seu favor para criar credibilidade com seus clientes. Atualmente, o marketing verde é uma ferramenta essencial desse processo, trazendo vantagens para empresa como:
- diferencial competitivo em relação aos concorrentes; aumento de credibilidade, transmitindo uma postura séria e comprometida com o futuro;
- aumento da margem de lucro, visto que consumidores engajados com as práticas sustentáveis preferem até pagar mais caro pelo produto ou serviço;
- atrair investidores que passam a enxergar no negócio um maior potencial.
Princípios da Química Verde
Desde aproximadamente a década de 1990, a Indústria Química tem procurado adotar uma postura de redução, prevenção ou eliminação, evidenciando um novo momento de busca por alternativas de produção que não agridam tanto a natureza. Junto a essa filosofia, foi criado pelos químicos norte-americanos Paul Anastas e John Warner, em 1991 nos Estados Unidos, o conceito de Química Verde.
Definido por eles como um “ conjunto de princípios que reduzem ou eliminam o uso ou a geração de substâncias perigosas durante o planejamento, manufatura e aplicação de produtos químicos”. Em 1993, a União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) reconheceu e aprovou a criação da Química Verde, definindo-a como “invenção, desenvolvimento e aplicação de produtos e processos químicos para reduzir ou eliminar o uso e a geração de substâncias perigosas”. O marco principal dessa nova área foi o ano de 1998, quando os químicos norte-americanos criadores do conceito, apresentaram no livro Green chemistry: Theory and practice (Química verde: Teoria e prática) os 12 princípios da química verde. São eles:
1) Prevenção
Evitar ou diminuir a geração de resíduos, diminuindo o montante a ser tratado e, consequentemente, o seu descarte na natureza.
2) Economia de átomos
Desenvolver metodologias sintéticas que possam maximizar a incorporação de todos os reagentes no produto final, ou seja, toda a massa dos reagentes é convertida em produtos.
3) Síntese de produtos menos perigosos
Sempre que possível, a síntese de um produto químico deve utilizar e gerar substâncias que possuam pouca ou nenhuma toxicidade tanto à saúde humana quanto ao ambiente.
4) Desenho de produtos seguros
Reações químicas devem ser planejadas de tal modo que os produtos químicos realizem a função desejada e ao mesmo tempo não sejam tóxicos.
5) Solventes e auxiliares mais seguros.
Não fazer o uso, sempre que possível, de substâncias auxiliares (solventes, agentes de separação, secantes, etc.). Para industrias que não houver alternativa, buscar a utilização de solventes de baixo impacto ambiental.
6) Busca pela eficiência energética
A utilização de energia pelos processos químicos precisa ser reconhecida pelos seus impactos ambientais e econômicos e deve ser minimizada.
7) Fontes renováveis de matéria prima
O uso de biomassa como matéria-prima dever ser priorizado no desenvolvimento de novas tecnologias e processos.
8) Minimizar ou evitar derivatização
A derivatização desnecessária deve ser minimizada ou, se possível, evitada, porque estas etapas usam reagentes adicionais e podem gerar resíduo.
9) Catálise
O uso de reagentes catalíticos (tão seletivos quanto possível) devem ser escolhidos em substituição aos reagentes estequiométricos.
10) Produtos degradáveis
Os produtos químicos precisam ser projetos para o biocompatibilidade, de tal modo que, após a utilização, não deve permanecer do ambiente, degradando-se.
11) Análise em tempo real para a prevenção da poluição.
Viabilizar o monitoramento e controle em tempo real, afim de detectar a formação de substancias tóxicas antes de sua formação.
12) Química segura (prevenção de acidentes)
As substâncias, bem como a maneira pela qual uma substância é utilizada em um processo químico, devem ser escolhidas procurando a minimização de riscos de acidentes.
A Química Jr. é filiada à UNESP, que é a primeira signatária do GCC (Green Chemistry Commitment) no Brasil. Quer saber mais sobre o que é o GCC e a importância de ser um signatário? Confira aqui!
Como implementar a Química Verde
Possui interesse em implementar um processo sustentável ou produzir um produto em conformidade com os princípios da Química Verde, mas não sabe como atingir esses princípios? Entenda como podemos auxiliar neste processo:
Em um planeta cada vez mais necessitado de cuidados ambientais, encontrar substâncias menos nocivas ao meio ambiente (como matérias-primas de fontes renováveis) e desenvolver processos químicos e produtos com menor impacto ambiental, são alguns dos principais desafios das indústrias e empresas que desejam adotar meios mais sustentáveis, em conformidade com os princípios da Química Verde. Para isso, torna-se fundamental a adoção de uma etapa de Pesquisa e Desenvolvimento para impulsionar seus negócios.
A Química Júnior, presente no Instituto de Química da UNESP de Araraquara, desenvolve o projeto P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) com o auxílio de professores, doutores e pesquisadores da universidade e com laboratórios de ponta, oferecendo suporte de qualidade para nossos clientes. Separadamente, a pesquisa é uma parte extensa, onde encontra-se a teoria e todas as análises necessárias (regulamentação nacional, bibliografias e consulta a professores especialistas, por exemplo) para a próxima etapa. Em seguida, o desenvolvimento do projeto consiste em colocar em prática todo o conhecimento adquirido e estratégias traçadas durante a pesquisa como, por exemplo, reformular seus produtos substituindo componentes nocivos por matérias-primas sustentáveis. Se quiser saber mais de P&D, clique aqui.
Além da Pesquisa e Desenvolvimento, oferecemos outros projetos que podem impactar positivamente seu negócio na busca por princípios sustentáveis. Podemos destacar:
- Análises Químicas: contando com apoio de professores, doutores e pesquisadores da universidade e com laboratórios de ponta, nossa empresa está preparada para realizar análises químicas, identificar componentes nocivos ao meio ambiente e garantir a qualidade de seus produtos.
- Projeto Verde: o Projeto Verde visa a neutralização de carbono de um evento ou empresa. Calcula-se o impacto ambiental da realização do evento ou do funcionamento da empresa em termos de toneladas de carbono, em seguida, o impacto é convertido em número de mudas a serem plantadas por nossos membros.
- Metodologia 5S: a metodologia 5S é baseada em 5 sensos, sendo eles: utilização, organização, limpeza, padronização e autodisciplina. Esse programa de gestão de qualidade faz parte do lean manufacturing, uma filosofia que tem como objetivo reduzir os desperdícios dentro de uma empresa ou organização. A redução do desperdício de recursos e a garantia da boa manutenção e destinação de seus recursos é um processo sustentável essencial para minimizar os impactos ambientais gerados por empresas.
Na foto acima nossos membros estão realizando o plantio de um Projeto Verde. Para saber mais sobre o Projeto verde ou do 5S temos e-Books Gratuitos aqui. Qualquer dúvida, sugestão, ou interesse, entre em contato!
