Como funciona o crédito de carbono?

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Ultimamente muito tem se falado da importância de reduzir as emissões de gases do efeito estufa na atmosfera, como o CO2 por exemplo, mas você sabia que existe um mercado por trás disso e muito importante para diversos países? Confira agora sobre o crédito de carbono e sua função na economia global!

O que são créditos de carbono?

Créditos de Carbonos são bens comercializados no mercado mundial, onde cada unidade de crédito corresponde a 1 tonelada de CO2 equivalente. Tais créditos são obtidos por países após ser comprovada sua redução de emissão de gases poluentes. Para tais países é emitido um certificado de redução de emissões que pode ser negociado com países que estão emitindo Gases do Efeito Estufa (GEE) além do permitido.

Esse mercado de crédito de carbono busca um desenvolvimento sustentável, pois permite que países desenvolvidos cumpram suas metas de emissão comprando o “direito de poluir” ou pagando projetos de investimento em tecnologia de baixa emissão de GEE em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento que, em geral, emitem menos poluentes.

O Brasil é um país que possui potencial para gerar crédito de carbono para negociar com países que não tem essa possibilidade. Esse potencial se eleva ainda mais quando se consideram os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, alguns dos focos mundiais até 2030. Como apontado por estudo apresentado na revista Valor, os créditos de carbono podem render US$ 100 bilhões ao Brasil, além de gerar um grande case de sucesso.

Histórico

As atividades humanas, ocasionaram globalmente uma mudança do clima terrestre,  principalmente no contexto de revolução industrial, no qual a emissão é muito maior do que a compensação de carbono. Muito se deve ao aumento substancial da queima de combustíveis fósseis que contribuem diretamente para o efeito estufa.

Em busca de pautar regras para redução dos níveis de emissão de GEE e um desenvolvimento sustentável, foi adotado, em 1997 na cidade de Quioto, Japão, o Protocolo de Quioto. Nele 141 países se comprometeram a diminuir de 2008 a 2012 em média 5,2% de suas emissões de GEE tendo como base as emissões de 1990.

Porém, o avanço mais importante obtido nas convenções – o Protocolo de Quioto – entrou em vigor apenas em 2005 depois da ratificação da Rússia, pois era necessário que 55 Partes da Convenção, incluindo países desenvolvidos que juntos, produzem 55% das emissões totais, o ratificassem.

O Protocolo de Kyoto, além de estabelecer metas traz também alguns mecanismos que auxiliam os países a alcançarem essas metas, conhecidos como mecanismos de flexibilização. Dentro desse contexto surgiu o crédito de carbono, o que possibilitou que países atingissem suas metas de emissões negociando com outros países e realizando a compensação de carbono.

A partir de 2020, o Acordo de Paris, contendo planos de ação para reduzir as emissões de GEE, substituiu o Protocolo de Quioto. No tratado não foram definidas metas específicas para cada país, foi exigido apenas a criação de documentos para formalizar as atuações climáticas de cada país.

Posso comprar créditos de carbono?

Existem dois tipos de mercado de créditos de carbono:

  • Compliance
  • Voluntário

Compliance: é o mercado já mencionado, no qual os países comercializam créditos entre si com o objetivo de alcançar suas metas de emissão

Voluntariado: entretanto, também existe um mercado voluntário de créditos de carbono, no qual ONGs, empresas, instituições e até mesmo cidadãos podem contribuir. Nesse mercado, os créditos podem ser obtidos em qualquer lugar do mundo e negociados por regras comuns do mercado, por meio de bolsas de valores, intermediários ou diretamente entre as partes. Essas operações voluntárias possuem menos burocracia, mas não contam nas metas de redução dos países.

Como cases de sucesso, temos o exemplo de bolsas onde os créditos voluntários são comercializados, pode-se citar: ECX (Bolsa Européia do Clima), B3 (Brasil), EXAA (Bolsa de Energia da Áustria) e Bluenext (França).

Por onde minha empresa deve começar?

Como já mencionado, 1 crédito de carbono equivale a 1 tonelada de gás carbônico equivalente, assim, você deve imaginar que para a comercialização de créditos de carbono entre as empresas existe um fator fundamental: a quantificação. Antes de comprar, vender créditos, ou realizar algum tipo de compensação de carbono, uma empresa precisa saber o quanto suas atividades diretas e indiretas estão emitindo.

A forma de quantificar essas emissões é por meio da realização de um inventário de gases. Um inventário de gases nada mais é do que um mapeamento das fontes de emissão de gases do efeito estufa (GEE) da empresa em um certo período, normalmente de um ano, possuindo 3 escopos:

  • Escopo 1: emissões diretas de GEE, oriundas de fontes pertencentes ou controladas pela empresa
  • Escopo 2: emissões indiretas de GEE, oriundas da energia térmica ou elétrica consumida pela empresa
  • Escopo 3: emissões indiretas de GEE, consequência das atividades da empresa, mas ocorrem em fontes que esta não controla

Além disso, para a elaboração do IGEE (Inventário de Gases do Efeito Estufa), existem regras e protocolos a serem seguidos, para que a quantificação e compensação de carbono sejam válidas e que possam ser atestadas por terceiros. A norma mais utilizada é o Green House Gas Protocol (GHG Protocol), que segue a ISO 14064.

Por que realizar um IGEE?

Cada vez mais ações voltadas para um desenvolvimento sustentável vem deixando de ser um diferencial no mercado para se tornarem exigências mínimas. Empresas que demonstram responsabilidade social e ambiental são cada vez mais valorizadas, especialmente em alguns setores, como plástico, logística e construção civil.

Essas empresas têm maior facilidade para atrair parceiros, clientes e investimentos, por isso crescem mais rapidamente, se tornado cases de sucesso. Como exemplo dessa tendência, tem-se o conceito de ESG, utilizado para se referir a práticas empresariais e de investimento que se preocupam com aspectos ambientais, sociais e de governança.

Dentro desse contexto, um tema muito importante é o marketing verde, ou seja, utilizar uma estratégia de marketing focada nos benefícios que a sua organização, empresa, evento, produto ou serviço proporciona ao meio ambiente. Entretanto, nos dias de hoje, muitas empresas tentam se aproveitar da preocupação ambiental, para passar uma imagem sustentável, quando na verdade não são. O IGEE é importante pois ele comprova todas as emissões da empresa e o resultado de suas ações de redução ou compensação de carbono, além de permitir a averiguação por terceiros, garantindo de fato um desenvolvimento sustentável.

Como posso fazer um IGEE da minha empresa?

A Química Jr realiza o Inventário de GEE de empresas ou eventos, com base em todas as exigências do GHG Protocol. Com mais de 28 anos de história e a qualidade de ensino UNESP, realizamos projetos de excelência, tendo cases de sucesso nos mais diversos setores (química, plásticos, combustíveis, eventos) e por um preço abaixo do mercado!

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