Consequências de Não Ter um Mapa de Riscos

Consequências de Não Ter um Mapa de Riscos

Imagine você, empreendedor,  no seu estabelecimento. Tudo aparenta estar tranquilo e, um dia de repente, você começa a escutar ruídos estranhos ou odores nunca antes sentidos e seus funcionários começam a aparecer doentes no ambiente de trabalho. Isso possivelmente pode ter ocorrido pela inexistência de um mapa de riscos. Sabe do que se trata? Confira a seguir um pouco sobre mapeamento de riscos e as consequências de ter ou não tê-lo no seu negócio.

O que é mapeamento de Risco?

Mapeamento de risco é uma ferramenta utilizada para dimensionar perigos e suas gravidades em um ambiente, seja ele externo ou interno. Ele usa um método com uma variedade de cores círculos, de diversos tamanhos, em uma planta do local analisado, a fim de escalar, respectivamente, o tipo de risco e a sua gravidade.

Essa técnica, historicamente falando, foi criada pelo movimento sindical, na década de 1960, na Itália, que elaborou um protótipo de gráfico que indicava riscos no ambiente laboral. Atualmente, no Brasil, o mapeamento de risco é um item obrigatório de segurança para qualquer indústria, exigido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e regulamentado pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

Essa estratégia exige a análise de diversos pontos, dentre eles vale destacar os tipos de riscos envolvidos.

Tipo de Riscos Envolvidos:

Existem 5 tipos de riscos e eles estão correlacionados diretamente com cores. São eles:

– Risco Químico: é demonstrado com a cor vermelha. Indica riscos de explosão, toxicidade, fumaças e odores desagradáveis, entre outros;

– Risco Físico: representado pela cor verde, indica locais de temperaturas extremas para condições humanas, a umidade do ambiente, bem como a intensidade do som de locais, dentre outros;

– Risco Biológico: indicado pela presença de insetos, outros animais nocivos, exposição de vírus, bactérias ou fungos, dentre outros;

– Risco Ergonômico: cor amarela. Indica possíveis locais de lesão, de esforços repetitivos, necessidade de utilização de força demasiada, postura no ambiente de trabalho, dentre outros;

– Risco de Acidentes: coloração azul. Indica locais que, mal preparados para o ambiente de trabalho, como falta de iluminação bem como equipamentos de segurança, podem gerar acidentes.

Além dos tipos de riscos envolvidos, deve-se atentar a intensidade desse risco. Visando sanar essa problemática, existem 3 diferentes tamanhos de círculos (grande, médio e pequeno) para sanar esse problema.

E aí? Achou interessante o que é mapeamento de risco e como ele é pensado? Sua empresa ainda não o possui? Saiba como montar o mapa de risco do seu negócio clicando aqui.

Para que serve o mapeamento de riscos? 

Parece claro o objetivo dessa técnica, entretanto é de suma importância destacar. O mapeamento de risco é essencial para evitar acidentes e executar prevenções. Ele se relaciona diretamente com a consciência coletiva no ambiente de trabalho, por exemplo, para a utilização de equipamentos de proteção, tanto individuais como coletivos.

Além disso, o mapa de riscos é fundamental no aumento da produtividade de uma empresa, visto que melhora  a percepção coletiva dos funcionários com relação ao seu ambiente produtivo.

Cada empresa precisa de um Mapa de Risco adequado para seu segmento, todavia alguns tópicos são visíveis e comuns a todas, como:

– A necessidade de reunir informações suficientes para o estabelecimento de um diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho do estabelecimento;

– Conhecer o processo de trabalho no ambiente, fatores como os número de trabalhadores, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde, jornada de trabalho, os instrumentos e materiais de trabalho, as atividades exercidas e o ambiente;

– Reconhecer os riscos existentes no local analisado;

– Listar as medidas paliativas existentes e sua eficácia, entre elas: medidas de proteção coletiva, de organização do trabalho, de proteção individual e de higiene e conforto;

– Calcular o número de funcionários exposto ao risco.

– Descobrir as reclamações  mais comuns entre os funcionários expostos aos mesmos riscos, doenças profissionais já diagnosticadas e causas mais frequentes de ausência no trabalho;

Mapeamento de riscos e legislação.

Como citado nos tópicos anteriores, o mapeamento de riscos é essencial para o ambiente empresarial. Neste contexto, é  importante frisar que de acordo a portaria no. 05 de 17/08/92 do departamento nacional de segurança e saúde do trabalhador do ministério do trabalho (DSST), o mapa de risco é obrigatório em empresas que possuam grau de risco ou quantidade de funcionários que exija a presença da CIPA ou com o Serviço Especializado em Engenharia e em Medicina do Trabalho (SESMT), onde houver.

Caso a empresa a empresa não tiver CIPA ou SESMT o empregador poderá contratar o serviço de um profissional capacitado, ou de uma consultoria o para elaboração do Mapa de Risco.

Todas as empresas precisam ter mapa de risco?

Sim, um trabalho bem executado tem a segurança como resultado. Logo, se tiver qualquer tipo de risco, tem que ter Mapa de Risco. Não importa o tamanho da empresa, quantidade de funcionários e nem mesmo o segmento. Todas devem ter Mapa de Risco.

O Mapa de Risco deve ser revisto sempre que um fato novo modificará a situação dos riscos presentes no ambiente. Isso pode acontecer por uma mudança de layout, acrescentamento de novas máquinas no ambiente e alterações na planta que vão mudar o trabalho realizado ali.

Você sabia que é fundamental um restaurante ter um mapa de risco? Pois é. Hoje, no Brasil há inúmeros restaurantes que já aplicam esse método de segurança, uma vez que as cozinhas industriais se tornaram cada vez mais complexas e grandes com equipamentos que envolve tecnologia.


Após a leitura desse texto, você leitor pode estar achando que é complexo e trabalhoso realizar um Mapeamento de risco, no entanto, essa medida é feita para servir como um aliado na luta contra os altos índices de acidente de trabalho.

Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), no Brasil acontecem em média 700 mil casos de acidentes, fora os que não são registrados oficialmente, muitos desse provenientes de pequenas e médias empresas, estas que estão em constante crescente. Ainda ressaltando, o Ministério da Previdência afirma que o país gasta em média 70 bilhões de reais anualmente com esse tipo de ocorrência.

É imprescindível destacar que o Mapa de Risco reduz significantemente as doenças e os acidentes porque conscientiza todos os envolvidos dos perigos apresentados. Você pode poupar dinheiro de outra forma, em um cenário de prioridades invista no mapa de riscos, não deixe de fazê-lo. Se interessou, gostou?  A Química Júnior realiza esse projeto, saiba mais informações entrando em contato.

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