Conferências do Clima

Você alguma vez já ouviu falar do Acordo de Paris ou do Protocolo de Kyoto? Nesse texto iremos abordar tudo sobre as Conferências do Clima. Mergulhe nessa leitura!

Após a Revolução Industrial, surgiram as grandes empresas que durante décadas utilizaram os recursos naturais sem controle, isto por causa de uma economia centrada no consumismo. Foi unicamente na segunda metade do século passado que, observando a poluição excessiva de rios e cidades, os países industrializados começaram a perceber as consequências no meio ambiente de uma exploração descontrolada.

Época da Poluição e da Revolução Industrial

A partir da década de 1970 esses problemas começaram a ser discutidos com uma maior frequência por toda a sociedade, tornando-se um problema global. Assim, ocorreu o denominado “despertar da consciência ecológica”, o qual aconteceram manifestações por parte de movimentos ambientalistas que apareceram para exigir o controle da poluição e proteção da natureza. Dessa forma, os países passaram a compreender a necessidade de se reunir para discutir a problemática, a fim de traçar planos de ação que diminuam os efeitos prejudiciais sobre o meio ambiente. Surgiram assim, organizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), as conferências do clima.

Confira, a seguir, algumas das principais conferências do clima mundiais.

CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO (1972)

primeiro desses encontros aconteceu em 1972, na cidade de Estocolmo na Suécia. Esse evento reuniu representantes de 113 países e 250 organizações ambientais, com o objetivo de discutir os principais problemas ambientais. Alguns dos pontos mais discutidos foram a preservação de flora e fauna mundial, redução do uso de produtos tóxicos ao meio ambiente, entre outros. O evento teve como um dos resultados mais expressivos a declaração de Estocolmo, que abordou princípios relacionados à responsabilidade dos países em relação à preservação do meio ambiente. Aliás, foi a partir dessa conferência que surgiu a política de gerenciamento ambiental. Desta maneira, foi criado o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), com o intuito de tratar assuntos ambientais.

ECO-92 (1992)

Depois de vinte anos da Conferência de Estocolmo, foi realizada a Eco-92, também conhecida como Rio-92 por ter sido o Rio de Janeiro a sede para esse evento. Essa conferência foi considerada uma das mais importantes, devido a uma maior adesão de países, sendo que dessa vez foram 172 os países reunidos, além de centenas de organizações ambientais. Nesse encontro, foram retomados alguns dos pontos abordados em Estocolmo. Além disso, foi discutido como o modelo de desenvolvimento da sociedade estava implicado nos problemas ambientais. A conferência, teve como resultado a assinatura de cinco documentos importantes: a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento; a Agenda 21; os Princípios para a Administração Sustentável das Florestas; a Convenção da Biodiversidade; e a Convenção do Clima.

CONFERÊNCIAS DAS PARTES & O PROTOCOLO DE KYOTO (1997)

Depois da Eco-92, os países continuaram se reunindo periodicamente, nas denominadas Conferências das Partes (COP). Foi nos anos de 1995 e 1996 que ocorreram a COP 1 e 2, nas cidades de Berlim e Genebra respectivamente. Finalmente, no ano de 1997, durante a COP 3, realizada no Japão, foi elaborado e assinado o Protocolo de Kyoto. Esse tratado estabeleceu metas para que os países (principalmente os desenvolvidos), diminuíssem a emissão de gás carbônico na atmosfera. De forma concreta, a meta era que até 2012, as grandes potências reduzissem em cerca de 5% os índices de poluição, em comparação ao ano de 1990. No entanto, umas das principais problemáticas do tratado foi a não adesão de Estados Unidos, cujo argumento foi que a assinatura do protocolo provocaria graves problemas na sua economia. Além disso, os países do BRICS não foram considerados dentro do acordo, dentre os quais está a China, que tem se apresentado como um dos países mais poluentes do mundo. Em 2012, ano de vencimento do protocolo, estendeu-se o tratado até o presente ano de 2020. Em total diálogo com o Protocolo de Kyoto, a Química Júnior realiza em empresas e eventos o Projeto Verde, que se trata de uma compensação da quantidade de carbono emitida para a atmosfera em um determinado período.

 

Gás carbônico sendo emitido para a atmosfera

CÚPULA MUNDIAL SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO+10)

Apesar do nome sugestivo, o encontro ocorreu em Joanesburgo no ano de 2002, dez anos após a conferência realizada no Rio de Janeiro, ECO-92. Além da participação inédita de Organizações Não Governamentais (ONGs), o evento contou com a presença de representantes de 189 países. A Rio+10 se destaca pela introdução de tópicos como pobreza, saneamento básico e fome, introduzindo um caráter social às discussões anteriores, predominantemente ambientais. Contudo, os resultados obtidos não foram os esperados: países como Estados Unidos e outros exportadores de petróleo se negaram a assinar o tratado de uso de 10% de fontes renováveis, tal como acontecera com o Protocolo de Kyoto. A Química Júnior, com o projeto verde, não só reduz a poluição atmosférica, como também se preocupa com a questão social. Além da compensação da emissão de carbono, a partir do plantio de árvores, em parceria com a Prefeitura de Américo Brasiliense, oferecemos uma aula de educação socioambiental para crianças da comunidade local, despertando a consciência ambiental na sociedade futura. Saiba mais sobre o Projeto Verde clicando aqui.

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO+20)

Rio+10, Joanesburgo, 2002

Um dos mais expressivos eventos organizados pela ONU, o Rio+20 aconteceu em 2012, com sede novamente no Rio de Janeiro. Participaram da conferência, além dos representantes de mais de 180 países, chefes de estado e algumas organizações internacionais, conferindo mais relevância às discussões propostas. Apesar de resultados pouco animadores, o evento foi de extrema importância pois promoveu uma fervorosa reincidência da temática sobre economia verde nos palanques do cenário mundial, prometendo uma perspectiva de diminuição na emissão de poluentes nas décadas futuras.

A esperança levantada pela conferência Rio+20 foi reafirmada com a aprovação do Acordo de Paris por parte de 195 países do mundo, e a ONU aguarda apenas a assinatura dos países signatários para oficializar a validade do acordo para cada país. O Brasil assinou o compromisso em 2016, tendo se prontificado, portanto, para cumprir com os prazos e deveres do contrato. Ficou registrado, pelo documento, que os países aderentes se comprometeram a manter o aumento da temperatura média global em menos de 2°C acima das regiões pré-industriais e de envidar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima das mesmas regiões.

Logo do Acordo de Paris

O Protocolo de Kyoto e o Acordo de Paris, como visto, representam símbolos de perspectiva de boas condutas políticas a serem adotadas a fim de um desenvolvimento sustentável da indústria, evitando um colapso natural. Os dois documentos têm em comum a adoção de medidas que reduzem os danos dos gases poluentes da atmosfera, seja pela redução na emissão ou compensação da emissão destes pelo crédito de carbono. As conferências do clima mostram-se, por fim, fundamentais para a construção de uma globalização mais consciente e verde. A Química Júnior vem contribuindo com isso por meio do Projeto Verde, um dos projetos do nosso portfólio que conta com a mesma metodologia de créditos de carbono, além de contar com a preocupação social. Quer saber como ele pode ser aplicado na sua empresa ou no negócio? Entre em contato clicando aqui.

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