Preocupado com sua saúde dentro da Empresa? E preocupado com a saúde de seus clientes? Quer saber como se precaver de futuros acidentes? Então dê uma mergulhada nessa leitura que aborda casos de contaminação e soluções envolvendo 5S.
Contextualização sobre contaminação em empresas
Certamente o assunto mais comentado no brasil desde fevereiro foi a pandemia causada pelo novo Coronavírus. Ela vem matando e amedrontando muitos brasileiros, os quais não se sentem seguros ao perambular em meio social. Portanto é dever das empresas dar segurança aos trabalhadores diminuindo ao máximo a chance de contaminação dos mesmos.
Mas vale lembrar que existem outros tipos de contaminação em empresas como:
-A contaminação dos consumidores decorrentes de problemas na produção, como no caso Backer que será abordado a ainda nesse post;
-A má utilização de produtos químicos que podem apresentar risco à saúde dos funcionários devido , que acontece normalmente em máquinas com pouca manutenção;
Esses e outros tipos de contaminação são causados devido a má gestão da empresa e podem ser evitados em métodos simples como o 5S.
Por que esse assunto é recorrente e por que ter cuidado com isso?
No cenário atual de quarentena, no qual funcionários de serviços essenciais precisam ir trabalhar e com a perspectiva de reabertura do mercado nos próximos meses, é essencial buscar formas de diminuir a contaminação dos funcionários dentro de empresas. Além disso, é fundamental tornar públicas as boas ações feitas por sua empresa para motivar mais os funcionários e aumentar a chance de venda de produtos. Afinal, ninguém vai querer um escândalo envolvendo contaminação de funcionários ou de consumidores no meio de uma pandemia. E ganhar um marketing investindo nos funcionários não é nada mau.
Todos os casos de contaminação vão prejudicar a imagem de uma empresa como nos casos mostrados abaixo:
Caso Backer
Entre os muitos casos de contaminação, o mais atual é o da Cervejaria Backer, situada em Minas Gerais. Tudo começou no final de 2019 e início do ano de 2020. Pessoas começaram a ser internadas com sintomas parecidos e uma causa misteriosa. Durante investigações, foi descrito que as vítimas haviam consumido cervejas da Cervejaria Backer, a maior cervejaria artesanal em produção no país. Durante a investigação, apurou-se que lotes da cervejaria Backer estavam contaminados por dietilenoglicol.
Essa substância é altamente tóxica para os humanos. Entre as vítimas, há casos de morte. Tal composto é usado em indústrias nos processos de resfriamento, por conta de suas propriedades anticongelantes. Segundo a Backer, o dietilenoglicol não faz parte do processo de produção da cerveja.
Atualmente, a cervejaria Backer encontra-se interditada e foi autorizado o descarte dos produtos não contaminados. Estes serão destinados para a fabricação do álcool 70%.
Caso lenços umedecidos
Em 2019, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu a venda de dois lotes de lenços umedecidos de duas diferentes marcas. Tais lotes estavam contaminados com a bactéria Enterobacter gergoviae. Essa bactéria é gram-negativa e se encontra naturalmente no organismo humano. Pode ser encontrada em solos, esgotos, grãos de café e intestino de insetos. A bactéria em si não faz mal ao organismo, pois ela é encontrada naturalmente nos humanos.
O perigo se encontra quando há uma infecção dessa bactéria vinda de fatores externos, como o caso de lenços umedecidos. A infecção por Enterobacter gergoviae pode causar problemas respiratórios e urinários. Tais problemas podem atingir pessoas com o sistema imunológico mais enfraquecido.
Assim, bebês poderiam desenvolver problemas ao serem limpos pelos lenços umedecidos da empresa Kimberly Clark Brasil Indústria e Comércio de Produtos de Higiene Ltda. A própria empresa notificou a ANVISA sobre os lotes contaminados e que o problema foi identificado pelo controle de qualidade interno e o recolhimento voluntário dos produtos.
Como atuar na sua empresa
A imagem da empresa pode sofrer muito com casos de contaminação, mesmo que não sejam letais ou que não causem sérios danos a saúde, como o caso do lenços umedecidos. Logo, atuar no controle de contaminação é algo de suma importância e necessária, ainda mais nos dias atuais com a pandemia do COVID-19.
Para evitar a contaminação em empresas, a limpeza é uma das principais aliadas, mas não a única. São importantes também a limpeza do local de trabalho e até instruções sobre como se portar dentro e fora da empresa para se prevenir contra o novo coronavírus. Para isso, pode ser realizada a metodologia 5S. Essa metodologia se baseia na filosofia do lean manufacturing, em inglês, ou manufatura enxuta, em português. No pensamento lean, se evitam desperdícios, enquanto que na metodologia 5S mudam-se as atitudes.
A metodologia 5S foi desenvolvida no Japão, pós II Guerra Mundial para a reconstrução do país. Por isso o nome da metodologia, já que os sensos tem o nome original em japonês:
– Seiri: senso de utilização;
– Seiton: senso de organização;
– Seisou: senso de limpeza;
– Seiketsu: senso de padronização;
– Shitsuke: senso de autodisciplina.
Você pode conferir mais sobre o 5S em empresas clicando aqui.
No quesito contaminação os principais Sensos a serem focados são o Seiton e o Seisou. Os outros sensos ainda são essenciais, mas eles terão uma menor importância nesse caso.
Seiton – Aumento da produtividade em tempos de pandemia
O Seiton é o segundo senso do 5S, focado na redução do tempo e na otimização do espaço. Durante a pandemia o Seiton pode ajudar empresas que empregam home office melhorando a disposição de artigos no computador. Como consequência a produtividade dos funcionários é aumentada podendo ultrapassar até mesmo sua antiga produtividade quando não havia home office e nem 5S, variando bastante dependendo do trabalho.
Empresas que não podem se dar ao luxo de um home office também podem se beneficiar, aplicando o senso de organização. Sendo que mesmo com o constante fluxo de funcionários dentro da empresa, a contaminação de funcionários pode ser reduzida drasticamente com algumas medidas, por exemplo:
– Reorganização do ambiente, para funcionários ficarem a distâncias mínimas;
– Planejamento de disposição de máquinas, a fim de economizar tempo e diminuir o fluxo de funcionários não necessários perto do maquinário;
– Organizar o armazenamento de produtos de modo a diminuir o tempo dos funcionários dentro de um armazém.;
É possível também reduzir drasticamente uma futura contaminação de clientes por produtos químicos, só de organizar melhor a empresa e os funcionários. Com a melhor otimização dos espaços da empresa os funcionários poderão focar mais no seu próprio trabalho diminuindo assim a chance de qualquer acidente.
Seisou – Qualidade de vida e saúde no local de trabalho
No momento atual, o senso de limpeza é um dos principais aliados no combate ao novo coronavírus, não somente no sentido literal de deixar o ambiente limpo, como criar uma cultura de limpeza na vivência dos funcionários. Para isso, podem ser tomadas algumas medidas como:
– Horários específicos para lavagem das mãos;
– Aumentar a ventilação de ambientes;
– Utilizar todas as EPIs necessárias para o manuseio de produtos alimentícios a risca;
– Sempre lavar as mãos quando chegar ao local de trabalho;
– Evitar a comunicação com outros funcionários sem a utilização de mascaras;
– Higienizar as mão com álcool em gel, quando água e sabão não estiverem disponíveis;
– Sempre lavar as mãos antes de sair do local de trabalho;
– Esterilizar constantemente o local de trabalho.
Essas são somente algumas das ideias que podem ser criadas para serem implementadas na cultura de limpeza. Você pode conferir um pouco mais sobre a limpeza da metodologia 5S clicando aqui.
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