Indústria e Universidade

Atualmente, muito se discute sobre as universidades públicas e o que elas produzem para a população. Em suma, podemos citar inúmeras pesquisas e fatos que foram comprovados através de pesquisas provindas de tais universidades. Sendo essas pesquisas feitas em universidades presentes em qualquer região do Brasil. 

Também, muito se fala sobre o papel das indústrias no nosso país e o que elas agregam aos cidadãos brasileiros, seja empregando trabalhadores ou produzindo o produto final destinado ao consumidor.

Mesmo assim, pouco se discute sobre o elo entre indústria e as universidades, sejam elas públicas ou não.

O que se faz na Universidade?

As universidades, públicas ou não, são locais em que é possível realizar sua graduação, ou seja, curso de nível superior e, até mesmo sua pós graduação, ou seja, uma formação acadêmica destinada aqueles que já possuem diploma universitário.

Durante o decorrer do texto, daremos enfoque na área de graduação no Brasil, porém, a pós graduação também tem muito a oferecer para a indústria.

Pessoa escrevendo em caderno

No Instituto de Química da UNESP – Araraquara são oferecidos três cursos da graduação:

– Bacharelado em Química;

– Licenciatura em Química;

– Engenharia Química.

Além desses três cursos oferecidos, alunos de outros cursos, como Odontologia, Farmácia Bioquímica e Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia tem acesso e aulas na instituição.

Mesmo com tantos cursos sendo oferecidos, o Instituto ainda preza por projetos de extensão universitária. Tais projetos ajudam a capacitar ainda mais o aluno que está matriculado e, também, oferecem ações destinadas à comunidade em que seus alunos estão inseridos.

Como exemplo, podemos citar o PET- Programa de Educação Tutorial, que no caso do Instituto de Química:
“O PET Química da Unesp de Araraquara busca realizar diversas atividades de Pesquisa, Ensino e Extensão, visando contribuir e expandir os cursos de Química Bacharelado e Licenciatura em Química ” – disponível no site do PET, clique aqui para ler mais.

Podemos citar também as empresas juniores que estão presentes nas universidades e visam formar empreendedores comprometidos capazes de transformar o Brasil. Assim, uma empresa júnior realiza projetos para capacitar seus membros, não sendo uma entidade com fins lucrativos. Todo o dinheiro arrecadado é investido nos membros, através de cursos, eventos do movimento empresa júnior e treinamentos.

Atualmente as empresas juniores são regidas por instâncias de nível:

– Regional, no caso da Química Jr., o Núcleo São Carlos;
– Estadual, no caso da Química Jr., a FEJESP (Federação das Empresas Juniores do Estado de São Paulo);
– Federal, no caso de todas as empresas juniores do Brasil, a Brasil Júnior.

No Brasil, temos mais de:

– 900 empresas juniores (EJs);
– 110 universidades com EJs;
– 22 mil empresários juniores;
– 17 mil projetos realizados;
– 23 milhões de reais em faturamento.

Essas foram somente duas das extensões que existem no Instituto de Química. Ainda podemos citar:

– Diretório Acadêmico Waldemar Saffioti (DAWS);
– Centro Acadêmico da Engenharia Química (CAEQ);
– Alquimia, grupo de teatro que tem como objetivo incentivar os alunos em idade escolar para seguirem áreas da ciência;
– Semanas acadêmicas, como a SEQ;
– CUCA, cursinho popular pré-vestibular para aqueles que desejam ingressar na universidade.

Existem muitos outros projetos que visam atender as necessidades dos alunos dentro da universidade, bem como a comunidade em que a mesma está inserida.

Além de tudo isso, a universidade brasileira ainda produz pesquisas para melhorar a qualidade de vida no país e no exterior. Diversos temas são passíveis de pesquisa, em todas as áreas do conhecimento.

As pesquisas são realizadas em diversas áreas do conhecimento

Podemos citar vários itens do nosso cotidiano que existem por conta da pesquisa que foi realizada no passado:

– GPS;

– Infravermelho;

– Termômetros;

– Lentes de óculos;

– Tecnologias em geral.

Ainda podemos citar vacinas que foram desenvolvidas através de pesquisas para imunizar a população, ou seja, evitar que as pessoas fiquem doentes. Durante a vida, tomamos várias vacinas para que nossa saúde não seja fragilizada. Pois bem, essas vacinas existem para o bem de todos e foram desenvolvidas através de pesquisas!

Atualmente, existem vacinas sendo desenvolvidas por instituições brasileiras para atingir a população.

O que se faz na Indústria?

Quando se pesquisa sobre indústria, a definição rápida mais comum é de que ela é um local onde transforma-se matéria-prima em mercadoria, sendo ela de consumo ou secundária na indústria. Nesse sentido, é válido destacar a extensão dos tipos de indústrias presentes na sociedade atual:
 Indústria de Base (geração de energia e processamento de matéria-prima);

 Indústria Intermediária (produção de peças para outros setores industriais);

-Indústria de Bens de Consumo (indústrias leves – produção de todo o tipo de bem de consumo, desde um eletrodoméstico, até um remédio ou uma peça de roupa);

-Indústria de Ponta (trabalham com alta tecnologia e profissionais com alto grau de formação).

Vale ressaltar que essas classificações possuem ainda suas subdivisões.

 

DE QUAIS MANEIRAS A INDÚSTRIA É BENÉFICA PARA A UNIVERSIDADE E VICE-VERSA?

Tendo em vista que a indústria possui um setor que envolve alta tecnologia e profissionais muito qualificados, esse aspecto da indústria dialoga completamente com as universidades, que são gigantescos polos de pesquisa e avanço tecnológico. Na UNESP de Araraquara, por exemplo, em parceria com a Universidade de Oxford, foi desenvolvido um biossensor que com apenas uma gota de sangue, é capaz de realizar todo o exame médico de um paciente.

Ademais, a indústria de tecnologia sempre desafia as pesquisas acadêmicas a buscarem materiais com altas resistência a impactos , condutividade termelétrica, bem como a melhorar de alguma etapa na eficiência de um processo, que a nível industrial, é uma economia de milhões de reais. A exemplo, na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) em parceria com outras instituições de ensino da Suíça e da Inglaterra, foi possível desenvolver, um material cerâmico que suporta temperaturas de 1200ºC, e possui uma ótima condutividade térmica, permitindo rápidas trocas de calor para as indústrias, bem como pode ser aplicada no sistema de frenagem de aviões militares, o qual o aquecimento devido a diminuição de velocidade é enorme.

Pesquisadora no laboratório

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