Certamente, por muitas vezes você já deve ter visto placas do tipo “cuidado” ou “perigo”. Isso porque todos nós, no dia-a-dia, somos expostos à riscos. Apesar de serem comuns ao nosso dia-a-dia, na maioria das vezes o real significado dessas placas passa despercebido. Geralmente não prestamos atenção o suficiente para notar a diferença entre os termos utilizados. Para exemplificar, é comum encontrar placas de “cuidado, piso molhado” quando o chão está sendo limpo e, muitas vezes, nem a notamos.
A presença dessas placas tem a função de evitar certas situações indesejadas, que possam trazer algum prejuízo físico ou material. Uma queda, por exemplo, pode ocasionar uma fratura, ou mesmo contribuir para quebrar algum objeto que estava sendo segurado.
A situação acima, se refere a um acidente, onde houve uma queda. Mas, quais são as diferenças, então de risco, perigo e acidente?
RISCO, PERIGO E ACIDENTE
- PERIGO: condição com potencial de causar uma situação em que ocorre uma tragédia ou a perda de algo ou alguém. Por exemplo, no trânsito um exemplo de perigo seria dirigir em alta velocidade, não fazer a manutenção adequada no carro e não respeitar as leis de trânsito.
- RISCO: um evento ou uma situação, de uma pessoa exposta ao perigo. É a probabilidade de um evento (acidente) acontecer. Por exemplo, saindo para caminhar no meio de uma tempestade, você corre o risco de ser atingido por um raio, enquanto a chuva forte é o perigo. Perceba que se não houver aproximação de alguém, não haverá risco. Além disso, os perigos podem estar sinalizados, por meio de placas, por exemplo, para que as pessoas tenham consciência e o risco seja eliminado ou reduzido.
- ACIDENTE: evento inesperado e indesejado, causado pelo risco, podendo ou não ocasionar danos. Os dano pode ser uma fatalidade, como a morte de um indivíduo, devido a um acidente de trânsito ou o acidente de ser atingido por um raio durante uma chuva muito forte.
Além desses termos já mencionados acima, também há o dano:
- DANO: prejuízo ou estrago causado por algum acidente. Pode ser físico ou material, como por exemplo, a fratura de um membro do corpo durante o acidente de carro e/ou algum componente do carro que precisará ser arrumado.
Dessa maneira, para resumir tudo, podemos concluir: o perigo é uma condição que contribui para elevar o risco de ocorrer um acidente, o qual pode ocasionar danos.
TIPOS DE RISCOS
Facilitar o entendimento da segurança e evitar um maior número de acidentes é fundamental. Para isso, pode-se classificar os riscos em diferentes tipos. Como os mostrados a seguir:
- Riscos Físicos: riscos do ambiente, que estão sob forma de energia, temperatura, ruídos, vibrações, umidade
- Riscos biológicos: microorganismos que possam provocar doenças
- Riscos químico:, como substâncias que possam penetrar no organismo, como gases e poeiras
- Riscos ergonômicos: fatores que podem atrapalhar o bem-estar físico, mental e/ou organizacional do trabalhador
- Riscos de acidentes: fatores que colocam em risco o trabalhador ou afetam sua integridade física, como equipamentos sem proteção ou animais peçonhentos
SEGURANÇA NO TRABALHO
Com o objetivo de reduzir os riscos de acidentes no ambiente profissional, surge a segurança no trabalho. A segurança no trabalho é uma é uma ciência, ou seja, não somente estuda formas de prevenção, como também trabalha com dados estatísticos. No Brasil há leis e normas que regulamentam a segurança no trabalho. Por esse motivo, empresas privadas, públicas e alguns outros órgãos devem contar obrigatoriamente com profissionais de segurança no trabalho.
A segurança no trabalho não contribui somente para a melhora do ambiente de trabalho, mas para melhorar a imagem da empresa perante os funcionários e clientes e até mesmo para aumentar sua produtividade. Um caso clássico é o da Alcoa (Aluminum Company of America – Companhia Americana de Alumínio). No final dos anos 80, a empresa estava de mal à pior. Entretanto, após um plano de priorização da segurança, em menos de um ano seus lucros bateram recorde! (clique aqui para saber mais sobre essa história).
Além disso, a criação de um ambiente seguro está diretamente ligada à outras questões de extrema importância, como organização e limpeza. Não é à toa que grandes empresas de sucesso utilizam algumas metodologias para criar bons hábitos entre seus colaboradores. Uma dessas metodologias é o treinamento 5S, baseado em 5 sensos (utilização, organização, limpeza, padronização e disciplina) que visam a melhoria contínua na empresa. Clique aqui para saber mais sobre a metodologia 5S.
Um ambiente limpo e bem organizado e sinalizado facilita a visualização e a criação de ações corretivas ou preventivas para os perigos. Essas ações são medidas para reduzir ou eliminar os perigos. Para o caso do trânsito por exemplo, um exemplo desse tipo de ação é realizar a manutenção preventiva do automóvel.
Como melhorar a segurança no trabalho?
Há diversas formas de se melhorar a segurança no trabalho. Tratam-se de métodos para diminuir os perigos aos quais os colaboradores estão expostos e assim reduzir os riscos de acidente. Entre as maneiras mais comuns estão: o uso obrigatório de EPIs, a realização de treinamentos, a sinalização do local de trabalho e elaboração de um mapa de riscos.
O QUE É UM MAPA DE RISCOS?
Um mapa de riscos é um levantamento qualitativo dos riscos existentes no local de trabalho. Seu objetivo é reunir informações para conscientizar os trabalhadores, estimular e determinar ações de segurança, para criar e/ou manter bons hábitos na empresa. Empresas que possuem CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), são obrigadas por lei a possuir um mapa de riscos. Inclusive, o não cumprimento dessa medida poderá gerar multa.
Na imagem temos um exemplo de uma mapa de riscos de uma oficina mecânica. Note que em cada ambiente da oficina existem diferentes riscos (cada cor representa um tipo de risco) em diferentes intensidades (cada tamanho de círculo representa uma intensidade).
E aí? Não sabia da obrigatoriedade do mapa de riscos? Quer saber como elaborar um? Clique aqui para saber tudo sobre um mapa de riscos.