O que é ser vegano?
Segundo a definição criada pela The Vegan Society, “O veganismo é uma forma de viver que busca excluir, na medida do possível e do praticável, todas as formas de exploração e de crueldade contra animais, seja para a alimentação, para o vestuário ou para qualquer outra finalidade.”. Esta definição nos esclarece que, muito além de apenas praticar uma dieta restrita de alimentos de origem animal, ser adepto do veganismo significa seguir uma filosofia de vida.
A história do veganismo surgiu em 1944 quando Donald Watson decidiu se juntar com outros vegetarianos que desejavam retirar os alimentos lácteos de suas dietas. O termo “vegan” (originado da palavra “vegetarian”) transformou-se em um movimento ético e uma filosofia de estilo de vida, ganhando adeptos e forças em toda a parte do mundo.
As principais ideias da filosofia vegana, segundo a Associação Vegana Espanhola (UVE), estão relacionadas com “uma alternativa ética ao consumo e a dependência de produtos não adaptados às necessidades físicas e espirituais do ser humano, como a carne, os laticínios, os ovos, os produtos derivados dos animais e outros artigos de origem animal, como o couro e as peles”.
Dados de uma pesquisa realizada pelo Ibope e encomendada pela Sociedade Vegetariana Brasileira, realizada em 102 municípios brasileiros, mostraram o interesse da população por produtos veganos, onde 55% dos entrevistados disseram que consumiriam mais produtos se eles tivessem informações mais claras na embalagem. Nas capitais, o índice de interessados sobe para 65%. Quando falamos de produtos veganos, não estamos nos restringindo apenas a produtos relacionados à dieta vegana. Os produtos veganos são aqueles que não utilizam nenhum material de origem animal para sua fabricação, bem como não são testados em animais. Tais produtos se estendem desde a alimentação, a cosméticos, medicamentos e vestuário.
Qual a diferença de um produto vegano, natural e orgânico?
A filosofia de vida vegana é uma das práticas que mais cresce no mundo, trazendo consigo ações políticas e sociais pela preservação das espécies, sustentabilidade e a preocupação com o meio ambiente. Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) mostrou que a demanda por produtos de origem animal requer mais recursos e causa maiores emissões de gases do efeito estufa, além de envolverem componentes químicos extremamente agressivos para o meio ambiente em sua produção.
Nesse âmbito, as crescentes discussões em todo o mundo sobre a importância de preservar recursos naturais, contaminação e destruição da biodiversidade têm contribuído para que grandes empresas e organizações promovam novas formas de agir e pensar. Estimulando, com isso, o desenvolvimento de produtos veganos e sustentáveis que utilizam recursos renováveis na cadeia produtiva e dispensam o uso de matéria-prima tóxica, para diminuir o impacto ambiental gerado pelo consumo destes.
Os produtos veganos são aqueles que não utilizam matéria-prima de origem animal. Bem como, são produtos ditos cruelty-free (“livre de crueldade”) em que não são testados em animais.
Já os produtos naturais não devem conter aditivos químicos em sua composição, devem possuir matérias-primas naturais e não podem conter matérias-primas proibidas, como amônia e derivados de petróleo.
Por fim, produtos orgânicos, são aqueles nos quais as matérias primas são naturais e baseadas nos métodos que procuram aperfeiçoar o uso de recursos naturais e socioeconômicos, ou seja, métodos alternativos ao uso de materiais sintéticos em sua produção.
Mas como realmente identificar se um produto é 100% vegano?
Para que um produto seja considerado totalmente vegano, é necessário que não sejam utilizadas em sua composição nenhum tipo de matéria prima originária de animais e nem que a indústria teste seus produtos em animais, entre essa vasta gama de produtos que não são veganos, entram desde o mel de abelhas, até mesmo a seda, de origem animal. A ideia por trás disso, assim como a filosofia vegana dita, é reduzir a consequente exploração animal em diferentes meios do mercado e encontrar alternativas competitivas, mais eficientes e que sejam ecológicas, a fim de superar a dependência de produtos que se pautam em uso de matérias primas animais.
Como os produtos deste nicho são bem diversificados, existem alguns métodos utilizados fielmente para conseguir identificar se o produto é vegano ou não. Existem aplicativos renomados dentro da comunidade vegana, que realizam análises de rótulos de produtos, para averiguar se este se encontram na lista de produtos cruelty-free ou se não. Aplicativos muito popularmente difundidos que são utilizados por milhões de usuários com esta finalidade são: BunnyFree, Veggie e Happy Cow.
Caso estes aplicativos não ofereçam retorno sobre os códigos dos produtos, procure rótulos na embalagem certificando que é um produto “adequado para veganos”, geralmente se encontra em inglês, com os termos Certified Vegan ou até mesmo Cruelty Free. Também é muito interessante pesquisar os produtos do rótulo e a composição principal do produto, justamente para ter certeza de que o produto realmente se encontra no escopo vegano, como assim é desejado.
E como é desenvolver um produto vegano?
Todos os produtos, veganos ou não, partem das mesmas premissas de pesquisa e desenvolvimento (ou abreviado como P&D), após diálogos e diagnósticos com o cliente, é possível identificar quais são seus desejos e iniciar um esboço do produto, onde, por meio de extensivas pesquisas literárias e por meio de formulações de teste dentro de laboratórios, é possível constituir um modelo piloto do produto. Este modelo piloto é baseado em todos os desejos do cliente e após sua constituição, o cliente opina e desenvolve seu feedback sobre o produto. A grande diferença deste desenvolvimento de produto, para um produto convencional, é que nada que entre no escopo animal (uso de matéria prima e testes) serão utilizados, cumprindo todo o escopo desejado para produção de um produto vegano.
Atualmente, tem sido cada vez mais desejado por diferentes públicos alvos a constituição de produtos que, ao mesmo tempo que consigam estar alinhados com o meio ambiente, também conseguem ser livres de exploração animal, por ser uma tendência atual, grande parte dos mercados emergentes tem apostado fortemente em produtos que ingressam diretamente nestes nichos.
Ficou interessado na ideia? Gostaria de iniciar um negócio, ou até mesmo verificar a viabilidade de um produto vegano? Nós da Química Júnior temos total disponibilidade para ajudar! Contamos com uma estrutura de ponta, localizada dentro do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (UNESP) em Araraquara, São Paulo. Também temos o amparo de doutores especializados nas mais diferentes áreas do conhecimento, o que proporciona uma perspectiva diferenciada para o nosso P&D. Entre em contato conosco e veja nossas soluções personalizadas para seu negócio!
Confira já nosso E-book sobre o nosso Projeto Verde clicando aqui.
Leia também 6 Cases de Marketing Verde para você se inspirar.