Com a Revolução Industrial surgiram as primeiras indústrias. Você provavelmente deve ter aprendido na escola que as condições de trabalho nessas fábricas eram péssimas. Os funcionários trabalhavam exaustivamente, fazendo tarefas repetitivas e sem descanso, não havia equipamentos de proteção e o ambiente da fábrica era sujo e perigoso. Muitos chegavam a trabalhar mais de 16 horas por dia e até mesmo crianças trabalhavam. Por esse motivo, vários acidentes e mortes ocorriam no ambiente de trabalho, além dos muitos danos psicológicos que os trabalhadores sofriam com a enorme e constante pressão por produtividade.
Diversos filmes retratam essas situações, um dos mais famosos é o clássico “Tempos Modernos” estrelado por Charles Chaplin, que ilustra a vida de um trabalhador dessa época. Nesse contexto, percebeu-se a necessidade da segurança no trabalho, para se garantir a saúde física e mental do trabalhador. Foi nesse momento que começaram a surgir as primeiras leis e normas sobre segurança e direitos trabalhistas.
Devido a todo esse histórico, não é a toa que a segurança no trabalho é uma questão muito relevante nos dias atuais, sendo regulamentada por leis. No Brasil o órgão responsável por isso é o Ministério do Trabalho. O objetivo da segurança no trabalho é reduzir os acidentes e doenças relacionados a esse, dando aos trabalhadores uma melhor qualidade de vida dentro do ambiente do emprego. Consequentemente, a produtividade melhora, conforme explicado no nosso post sobre 5 Maneiras de Melhorar a Segurança do Trabalho. Para tanto, vários métodos podem ser utilizados, como por exemplo treinamentos e/ou sinalizações, entre esses métodos está o mapeamento de riscos.
Curiosidade: você sabe a diferença entre risco e perigo?
Risco é a probabilidade de um evento acontecer, seja ele um evento bom ou ruim.
Perigo é um fator que contribui para que o risco aconteça, ou seja, o risco é a consequência do perigo.
O QUE É UM MAPA DE RISCOS?
Um mapa de riscos é um levantamento qualitativo dos riscos existentes no local de trabalho. Seu objetivo é reunir informações para conscientizar os trabalhadores, estimular e determinar ações de segurança, como medidas de prevenção e uso de equipamentos de proteção coletiva e individual (EPIs e EPCs). É possível fazer um mapa de risco geral, para a empresa inteira, ou mapas de risco individuais, para cada setor ou ambiente da empresa.
O mapa de riscos ajuda a criar hábitos de segurança nos trabalhadores, pois permite a participação destes em sua elaboração e representa os riscos identificados de forma simples e intuitiva. Além disso ele permite identificar problemas e pontos vulneráveis na planta da empresa.
QUAIS OS BENEFÍCIOS DE UM MAPA DE RISCOS?
Um mapa de riscos traz inúmeros benefícios, tanto para o trabalhador, como para a empresa e até mesmo para o país. O trabalhador ganha melhores condições de trabalho, pois recebe maior proteção de sua vida, saúde e capacidade profissional. As empresas aumentam sua produtividade, pois há uma redução das horas paradas, de máquinas quebradas, e do desperdícios de matérias primas, uma vez que o número de acidentes diminui. O país também ganha, pois há uma redução dos gastos do sistema previdenciário com o pagamento de pensões por invalidez e um aumento geral da produtividade da economia.
SOU OBRIGADO A TER UM MAPA DE RISCOS?
De acordo com o Ministério de Trabalho, a elaboração de um mapa de riscos é obrigatória para todas as empresas com grau de risco e número de funcionários que exijam a existência de uma CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e seu não cumprimento poderá gerar multa, além, é claro, de prejudicar a saúde do trabalhador.
ONDE DEVE FICAR O MAPA DE RISCOS?
O mapa de riscos deve ser colocado em um local de fácil acesso e visualização, normalmente na entrada do local. Dessa maneira tanto os colaboradores quanto os visitantes podem compreender os riscos do local de maneira simples e rápida antes de entrar no ambiente.
ELABORANDO UM MAPA DE RISCOS
INTENSIDADE DOS RISCOS
O mapa de riscos é representado graficamente, por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores. O tamanho do círculo está relacionado com a sua intensidade, ou seja, círculos maiores significam riscos maiores e círculos menores significam riscos menores.
– Círculo Pequeno: risco pequeno, que gera pouco incômodo
– Círculo Médio: risco que incomoda, mas pode ser controlado, com o uso de EPI´s ou EPC’s por exemplo
– Círculo Grande: risco fatal, pode matar, mutilar e/ou machucar gravemente
TIPOS DE RISCOS
Os riscos são divididos em 5 tipos. Cada um possui uma cor própria, conforme se segue:
– Riscos Físicos (Verde): riscos do ambiente, que estão sob forma de energia, como temperatura, ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes, pressões anormais, umidade
– Riscos Químicos (Vermelho): substâncias que possam penetrar no organismo via respiratória, cutânea e ingestão, como gases, poeiras, fumos, vapores etc.
– Riscos Biológicos (Marrom): microorganismos que possam provocar doenças, como bactérias, fungos, parasitas, protozoários vírus etc.
– Riscos Ergonômicos (Amarelo): fatores que possam atrapalhar o bem-estar físico, mental e/ou organizacional do trabalhador, como esforço físico exagerado, monotonia e repetibilidade, controle rígido de produtividade, posturas incorretas, jornada de trabalho prolongadas, desconforto térmico, visibilidade etc.
– Riscos de Acidente (Azul): fatores que colocam em risco o trabalhador ou afetam sua integridade física, como arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, iluminação inadequada, eletricidade, armazenamento inadequado, quedas, substâncias quentes, animais peçonhentos, ferramentas defeituosas e atropelamento etc.
Para facilitar o entendimento e a classificação dos riscos, pode-se utilizar uma tabela, como representada a seguir:
EXEMPLO DE MAPA DE RISCOS
No exemplo, temos um mapa de risco de uma oficina mecânica. Note que no escritório e na recepção tem-se um pequeno risco ergonômico, relacionado principalmente à postura. No refeitório e nos banheiros há um risco biológico médio, devido à presença de microorganismos. Na pintura há um risco químico, relacionado à uma possível contaminação pela tinta. Na linha de montagem tem-se riscos médios de acidentes, físicos e ergonômicos devido a montagem e manipulação de peças. Já no estoque há riscos pequenos de acidente e ergonômicos, também relacionados com a manipulação de peças.
O MAPA DE RISCOS TEM PRAZO DE VALIDADE?
O mapa de riscos não tem um prazo de validade. Mas deve ser revisado anualmente, toda vez que se renova a CIPA. Ele deve ser atualizado sempre que houver mudanças no local de trabalho. Como por exemplo, a chegada de um novo equipamento, alguma mudança na planta ou novos procedimentos.
QUEM ELABORA O MAPA DE RISCOS?
Segundo o Ministério do Trabalho, conforme descrito na NR-5 (Norma Regulamentadora 5), a elaboração de um mapa de riscos é de responsabilidade da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Em muitos casos, a CIPA não tem experiência ou condições de elaborar um mapa de riscos. Nesses casos, o empregador poderá contratar um profissional capacitado ou uma consultoria em segurança no trabalho.
COMO CONSIGO UM MAPEAMENTO BARATO E DE QUALIDADE?
O mapeamento de riscos é um dos serviços oferecidos por nós da Química Júnior. Por se tratar de uma empresa júnior temos uma séries de vantagens, como preços abaixo do mercado (clique aqui para saber mais) e garantia UNESP de qualidade. Ficou interessado? Entre em contato!