Como grandes empresas conseguiram atingir o seu patamar de sucesso e com inovação de seus processos? E como você, pequeno e médio empreendedor, a partir disso, pode aperfeiçoar sua produção e melhorar cada vez mais os produtos aos seus clientes?
Tudo isto pode ser resumido em ações contínuas de mudança de cultura e eficiência no aproveitamento de recursos produtivos constituindo os preceitos da Manufatura Enxuta. Vamos conhecer um pouco mais sobre ela.
O que é Lean Manufacturing?
Lean Manufacturing significa manufatura enxuta, ela se baseia atualmente no modo mais lógico para o desenvolvimento de uma empresa que pensa em:
- Melhoria contínua;
- Redução de custos;
- Agilidade na produção;
- Maior capacidade produtiva;
- Melhorias do ambiente de trabalho para os funcionários
A História do Lean Manufacturing
Embora a origem do termo Manufatura Enxuta seja americano, seus conceitos remontam o Japão após a Segunda Guerra Mundial. O país estava devastado. A necessidade da produção de bens e produtos básicos era muito grande nesse período. O setor de transportes era um dos mais problemáticos; não era possível conciliar a produção em grandes quantidades (ou produção em massa) devido a necessidades grandes espaços de estocagem e maciço investimento.
Foi aí que a empresa automobilística Toyota provocou uma revolução no setor, através da criação do Sistema Toyota de Produção. Utilizando seus recursos da forma mais eficiente e econômica possível, conseguiu atender as necessidades do país na época. Mais do que isso, modernizou e otimizou seus processos e serve com referência mundial de qualidade.
Esse modelo, algumas décadas depois, foi generalizado e aprimorado a todos o segmentos industrias, recebendo o nome de Manufatura Enxuta (em inglês, Lean Manufacturing).
Quais são os objetivos dessa filosofia?
A Manufatura Enxuta tem objetivo da melhora produtiva através da redução dos 8 desperdícios comuns, de modo a reduzir os custo com o que é desnecessário:
– Produtos defeituosos: defeitos na produção que levam a reprocesso, levando a maior tempo gasto com atividade desnecessário.
– Produção excessiva: Alta produção quando a demanda é pequena. Aumenta as movimentações e o estoque.
– Estocagem: Leva a produtos danificados. Normalmente, este item esconde outros problemas como desbalanceamento produtivo e defeitos.
– Movimento de pessoas/máquinas excessivo: Movimentação inútil por parte de pessoas e recursos como, por exemplo, procurar peças e empilhar produtos.
– Transporte desnecessário: Movimento de estoques por longas distâncias ou de forma ineficiente.
– Espera ou ociosidade: Referente ao trabalhador ou maquinário que espera para realizar sua função de trabalho devido a atrasos, problemas no estoque e interrupções.
– Processamento excessivo: Passos desnecessários, que não agregam valor ao cliente, presentes no processo.
– Ideias e conhecimento: Não aproveitamento das habilidades e ideias dos trabalhadores.
A aplicação desta filosofia reside em encontrar estes desperdícios no ambiente e reduzi-los drasticamente. Ir aonde o problema acontece e eliminar os procedimentos onde não há valor agregado ao cliente, ou seja, que ele não está disposto a pagar. É de extrema importância o conhecimento detalhado dos processos envolvidos e aplicação das ferramentas adequadas para torna-los mais eficientes. É dessa forma que se atinge a qualidade total, um dos preceitos e foco do Lean.
Inúmeras ferramentas são utilizadas neste percurso em busca da redução dos desperdícios e da melhoria contínua. E certamente, quando o assunto é melhoria contínua com disciplina e organização, o 5S é o carro-chefe em pauta (clique aqui para conhecer o 5S e obter um e-book grátis). Outras de grande importância são o Kaizen, o Sistema Puxado de produção, o mapeamento de processos, entre muitos alternativos presentes para melhora do sistema produtivo.
Mais do que qualquer possibilidade e potencial oferecido, os benefícios dessa filosofia só ocorrem quando há uma mudança cultural dos hábitos da empresa. Assim, tanto alto comando quando funcionários de chão de fábrica devem estar alinhados em busca da qualidade total em seu negócio.
Qual a importância do Lean na Empresa?
Como já citado no texto, o primeiro dos 5 princípios do Lean Manufacturing é identificar o valor percebido pelo cliente. Esta ideia se relaciona com perceber o que, quando e onde estão as necessidades do clientes, logo, uma empresa obtém sucesso quando se importa com os clientes, e estes são satisfeitos.
Para adotar essa filosofia na sua empresa, listamos agora alguns passos certamente fundamentam-se como os principais pilares do Lean na empresa:
- Estabeleça suas prioridades.
Nessa etapa você irá definir seu mapa de processo. Imagine: qualquer setor de uma empresa tem um trabalho, e todo esse processo pode ser organizado e mapeado. Vimos que esta situação sé um dos fundamentos básicos da filosofia de gestão enxuta e do uso das ferramentas do Lean Manufacturing, pois se identifica após uma análise o método mais eficiente para tal operação e estabelece as prioridades.
- Estabeleça fluxos contínuos e flexíveis.
Tornar a execução flexível e contínua é outra questão possibilitada pelas ferramentas do Lean Manufacturing. Aliada ao trabalho padronizado, a flexibilidade pode resultar maior capacidade de produzir o que se está ofertando. E, quando isto ocorre, as perdas inerentes são reduzidas e, consequentemente, o potencial de lucro da sua companhia é elevado.
- Aumente a qualidade e produtividade.
Imagine: quanto mais a qualidade e a produtividade forem potencializadas, maior será o lucro em razão da produtividade. Ou seja, nessa linha de pensamento, aqueles produtos que os clientes estão dispostos a pagar. Cria-se um processo produtivo em cada setor da companhia e, assim, transforma-se com qualidade as entradas em saídas.
- Crie um sistema puxado pelo cliente.
No século passado o acúmulo de estoque era uma estratégia. Hoje, com as ferramentas da manufatura enxuta apontam outro conceito: seu setor deve produzir saídas que sejam puxadas pelo seu cliente, seja ele externo ou interno à sua organização. Setores de apoio como TI, Limpeza, Qualidade e RH, por exemplo, trabalham este conceito atrelado a demanda, isto é, geram as saídas de seus processos de acordo com as suas responsabilidades e necessidades de outras áreas. Para você entender melhor, vou citar um exemplo ligado ao setor de limpeza: o resultado do trabalho deles é avaliado por todos os colaboradores da companhia, que neste caso podem ser considerados como os clientes deste processo, ou seja, as atividades deste setor devem ocorrer de acordo com as exigências destes clientes-funcionários.
- Possibilite a melhoria contínua.
A melhora e o planejamento contínuo, como já citado, são pilares fundamentais dessa filosofia. Planejar é preciso. Executar é necessário. Melhorar é indispensável.
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