O 5S é uma excelente maneira de melhorar a organização e produtividade de uma empresa ou organização. Essa metodologia está inserida na cultura da manufatura enxuta – o lean manufacturing. A Química Júnior realizou, em 2018, a implementação da metodologia 5S na planta de Araraquara da Solenis, um empresa multinacional do setor químico. No texto a seguir iremos contar como foi a realização desse projeto. Mergulhe nessa leitura!
A metodologia 5S foi criada no Japão no período pós segunda guerra, como ferramenta de reconstrução do país. Esse programa foi responsável pelo renascimento econômico das empresas japonesas no cenário global. A metodologia recebe esse nome porque é composta por 5 sensos: utilização, organização, limpeza, padronização e autodisciplina. O objetivo da aplicação do 5S é a redução de desperdícios e otimização de processos.
A metodologia 5S está inserida na filosofia do lean manufacturing, ou manufatura enxuta. Devido aos ótimos resultados alcançados no Japão, empresas de todo o mundo passaram a adotar esse programa, obtendo muitos ganhos. Mediante a aplicação efetiva desses 5 sensos, o aumento dos resultados de uma empresa é certo!
Entre as empresas que utilizam essa metodologia podemos citar: Coca Cola, Nestlé e Toyota. A Coca-cola por exemplo, conseguiu reduzir em 70% as reclamações em uma de suas unidades após a aplicação do 5S. Outras grandes multinacionais que podem ser citadas são a Ford, a John Deere, a Nike, dentre diversas outras empresas de renome internacional. Você quer se juntar a esses nomes de peso? Clique aqui e saiba como aplicar a metodologia 5S na sua empresa.
A metodologia 5S também está presente na Solenis, multinacional da indústria química. Em 2018, a Química Júnior auxiliou a planta de Araraquara da Solenis a alinhar-se com toda a sua rede, adotando o programa 5S. Agora, vamos contar mais alguns detalhes desse trabalho de sucesso da Química Júnior.
A gestora da planta da Solenis de Araraquara tinha um sobrinho universitário, que participava de uma empresa júnior no estado de Minas Gerais. Esse familiar já havia realizado, com sua empresa júnior, projetos semelhantes ao 5S em empresas de sua região. Os resultados tinham sido muito bons, além da experiência de dupla troca, proporcionando desenvolvimento tanto da empresa júnior quanto da empresa senior contratante. Sabendo da busca de melhorias por parte da Solenis, ele recomendou consultar uma empresa júnior.
Uma empresa júnior é uma empresa formada e gerida exclusivamente por alunos universitários. O objetivo é obter conhecimento e experiência, através do aprendizado na prática. Por esse motivo, as empresas juniores não possuem fins lucrativos e oferecem preços abaixo do mercado. Além disso, as empresas juniores não trabalham sozinhas, elas fazem parte de uma rede, denominada Movimento Empresa Júnior (MEJ). Entre os objetivos do MEJ está a construção de um brasil mais empreendedor, ético, educativo e colaborativo.
Visto que a universidade é um ambiente de pesquisa e inovação, empresas que estão próximas à este tipo de instituição são mais propensas a se inovar constantemente, mantendo a competitividade no mercado. Além disso, sabendo da excelência da UNESP em ensino e pesquisa, seria muito interessante para a Solenis se aproximar dos jovens universitários. Uma vez que no futuro esses pudessem demonstrar interesse em trabalhar na multinacional, como mão-de-obra qualificada.
Por esses motivos, a gestora ficou muito interessada em trabalhar com uma empresa júnior. Sendo a Solenis do setor químico, ela procurou pela Química Júnior, por estar sediada no Instituto de Química da UNESP de Araraquara.
Até fechar o contrato do projeto, a equipe da Química Júnior procurou total alinhamento de ideias e expectativas com a gestora. Foram realizadas diversas reuniões para que todo o planejamento fosse acertado. Assinado o contrato, vamos explicar como foi a execução.
A execução foi feita e pensada considerando alguns pontos: eram por volta de 70 funcionários, com turno de manhã e à noite. Tratando-se de uma multinacional, a interrupção da produção é uma grande perda. Portanto, o projeto deveria ocupar o menor tempo o possível, mas não perder em qualidade. Além disso, como somos universitários, era necessário conciliar os horários de aula com os horários da empresa. Por esse motivo, o projeto era realizado antes ou depois das aulas e nos horários de troca de turno da empresa, para que mais funcionários pudessem participar.
O projeto foi executado por uma comissão de 12 membros da Química Júnior. A execução era semanal e sempre feita em dupla. Na primeira visita a Solenis, os membros da Química Júnior fizeram uma apresentação geral da teoria da metodologia 5S e de sua importância para a empresa e para os próprios colaboradores. Posteriormente, os funcionários foram divididos em pequenos grupos para um melhor acompanhamento.
A aplicação dos sensos foi feita de maneira gradual, com um senso de cada vez (um senso por semana). Em uma semana, equipe da Química Júnior ia até a planta da Solenis e realizava o treinamento teórico desse senso. Dado esse treinamento, na semana seguinte, a equipe retornava para realização de uma auditoria, a fim de averiguar como estava a prática desse senso e se a implementação pelos funcionários havia sido efetiva. Nessa auditoria era atribuída uma porcentagem de implementação do senso. Se os resultados estivessem satisfatórios, a equipe avançava para o próximo senso, se não, os conceitos do senso anterior eram retomados, até que os resultados fossem satisfatórios.
Com relação à porcentagem de aplicação dos sensos, foi feito da seguinte maneira: para que o senso tivesse sido bem implementado, ele precisava ter uma porcentagem de aplicação de 70% ou superior. Caso isso acontecesse, na semana seguinte iniciava-se o treinamento do próximo senso. Em contrapartida, se o senso não estivesse bem executado, ou seja, com nota inferior a 70%, era feita uma revisão do senso, bem como pensadas e elaboradas melhorias práticas e atividades para que o senso em questão atingisse o resultado satisfatório.
Essa rotina de apresentação do senso e auditoria foi adotada para todos os cinco sensos da metodologia. Vale ressaltar que foram feitas muitas revisões durante as auditorias realizadas. Ademais, todas as auditorias eram computadas e o membro da Química Júnior responsável direto pela organização da comissão do projeto compilava os resultados, como também sugestões para apresentar e conversar os gestores da Solenis. Agora que você sabe como foi feita a execução, confira quais foram os maiores desafios durante a execução do projeto.
É impossível falar dos desafios do projeto sem falar das dores da Solenis. A empresa adquiriu a planta de Araraquara a partir de outra empresa que possuía atividades mais familiares. Nesse sentido, os funcionários tinham a rotina de trabalho e a cultura da antiga empresa, que era bem diferente com a realidade da Solenis, uma multinacional. A gestora sentia dificuldade de implantar os padrões internacionais da empresa e acreditou no 5S para sanar este problema.
Voltando mais para a execução do projeto, um dos desafios mais relatados pela comissão do projeto foi em fazer com que os funcionários entendessem a importância do projeto e comprassem a ideia de colocá-lo em prática. Alguns funcionários já estavam muito acostumados às práticas antigas da empresa e a mudança desses hábitos se tornava mais difícil. Aliado a isso, estava o fato de que grande parte da equipe da Química Júnior era mais nova do que os próprios funcionários, uma vez que somos formados por universitários.
Vale ressaltar que, apesar de sermos estudantes, contamos com todo apoio de professores e da infraestrutura do Instituto de Química, bem como recebemos treinamentos especializados para execução de nossos projetos. Para esse projeto, por exemplo, contamos com o auxílio de um Professor Doutor especialista na área de qualidade.
Entretanto, conforme os resultados do projeto iam acontecendo e os colaboradores conseguiam ver na prática que o trabalho deles estava rendendo mais, eles começaram a entender a real importância do projeto. Por esse motivo, eles também começaram a entender a importância das auditorias e feedbacks para ajudar na implementação de cada um dos sensos. Assim, essa dificuldade foi, aos poucos, sanada e um relacionamento de confiança mútuo foi construído.
Com a confiança dos funcionários, a aplicação do 5S começou a fluir mais rapidamente. Ao final do projeto, a maior parte da empresa já estava inserida nas normas do 5S. O ambiente estava mais organizado, facilitando a busca por ferramentas e produtos e com menor risco de acidentes. Acompanhando essa mudança de hábitos, o uso de EPIs e as norma de segurança passaram a serem levados mais à sério.
Além disso, a implementação do 5S impactou diretamente nos hábitos e na forma de se pensar da empresa. Foi muito importante para que os colaboradores entendessem a importância da padronização e organização do ambiente de trabalho e da busca contínua por melhorias. A metodologia 5S tem como objetivo muito mais do que uma mudança física, mas uma mudança de hábitos e pensamento, de maneira que a organização esteja sempre aberta à melhorias e sugestões de qualquer colaborador. E esse foi o legado mais importante deixado na Solenis.
A equipe da Solenis gostou bastante dos resultados alcançados. A aplicação do 5S foi mantida e após o projeto as melhorias continuaram a ser implementadas. Alguns pontos elogiados pelos gestores foram a motivação e o acompanhamento da Química Júnior. Eles poderiam ter contratado consultorias externas ou treinamentos à distância, mas o acompanhamento presencial e periódico da Química Júnior fez total diferença para o sucesso do projeto. Levando em conta que tudo isso ainda teve um custo abaixo do mercado e aproximou a Solenis da universidade, o custo-benefício do projeto foi excelente.
Além de todos os feedbacks coletados durante a execução, ao final de todo projeto a Química Júnior também realiza uma pesquisa de satisfação. Para o projeto do 5S, em uma escala de 0 a 10, os gestores da Solenis atribuíram a nota 10, ou seja, a NOTA MÁXIMA. Dessa maneira, a satisfação com os resultados foi evidente.
Diante dos ótimos resultados alcançados com o 5S, a Solenis demonstrou interesse em realizar mais projetos com a Química Júnior. E não foi somente um outro projeto que foi realizado após o 5S, mas quatro. Alguns meses depois da aplicação do 5S, a Química Júnior passou a realizar projetos na área de inventário e contabilização de estoque da Solenis. Esses quatro projetos foram realizados ao longo de mais um ano, com visitas mensais. Ao final de sua execução, todos esses projetos foram novamente avaliados com a nota máxima. Demonstrando a satisfação dos gestores com os resultados atingidos.
Tendo em vista tudo o que foi acima apresentado, é impossível não ressaltar a nosso objetivo final quanto Química Júnior. Nesse projeto pudemos executar na prática nossa missão: “Transformar realidades por meio de soluções personalizadas.” O projeto foi, do início ao fim, personalizado para atender as necessidades de nossos clientes. Além disso, a execução foi singular, visto que as ideias dos funcionários também tornavam o projeto cada vez mais singular para a realidade daquela empresa.
Com isso, torna-se nítido o impacto desse projeto, tanto para a Solenis, quanto para a Química Júnior que pode proporcionar para seus membros a incrível experiência de colocar em prática os aprendizados e conhecimentos da sala de aula.
Ademais, é impossível não ressaltar o propósito do Movimento Empresa Júnior, o qual busca formar, por meio de uma vivência empresarial, jovens empreendedores comprometidos e capazes de transformar o Brasil.
Ficou interessado na personalização do treinamento 5S da Química Júnior? Pensamos, em primeiro lugar, nas suas necessidades. Venha conhecer nosso oceano de soluções. Faça já um diagnóstico, é rápido e grátis. Entre em contato! Agradecemos sua leitura!
Preencha nosso formulário de contato clicando no botão abaixo e solicite uma reunião diagnóstica totalmente gratuita.
Somos uma Empresa Júnior, exclusivamente gerida e administrada por alunos da UNESP.
Contato e localização
Redes sociais
