Normas Brasileiras da Química e os riscos de não segui-las

Normas Brasileiras da Química e os riscos de não segui-las

Quando se fala em produtos químicos, é quase inevitável não pensar nos riscos físicos associados ao mau uso dessas substâncias. Mas você sabia que o manuseio inadequado deles também pode trazer outros tipos de risco?

Por quê seguir protocolos de segurança?

Você já deve ter ouvido falar sobre acidentes famosos envolvendo químicos. O acidente nuclear na usina de Chernobyl, em 1986, talvez seja o mais conhecido deles. Indiscutivelmente, trabalhar com produtos químicos exige cautela, responsabilidade e sensatez para não se tomar decisões precipitadas. Além disso, é fundamental um bom conhecimento técnico sobre químicos. Isso guiará o manuseio dos produtos de acordo com a particularidade de cada substância envolvida. 

Analisando novamente o caso de Chernobyl, é possível perceber pontos falhos por conta dos operadores, que deixaram de seguir alguns dos protocolos de segurança. Tendo isso em vista, é fácil deduzir que equilibrar responsabilidade com conhecimento técnico é o principal caminho para evitar riscos quando manuseando produtos químicos. 

Pessoa com máscara anti- radiação  em Chernobyl

Atenção para evitar acidentes

Mas não estamos aqui para falar da tragédia ucraniana ou de usinas nucleares, esse caso serve como exemplo extremo das possíveis consequências da desatenção quando em contato com produtos químicos. Você sabia que, além de riscos físicos e letais, existem outros problemas que podem surgir em decorrência do mau uso de substâncias químicas?

Esses problemas podem ser de várias naturezas, podendo implicar em riscos ambientais, físicos ou ainda comprometendo a eficiência do produto ou do processo de produção. Para evitar esses problemas e assegurar um ambiente salubre de trabalho, existem leis que regulamentam protocolos de segurança. São as Normas Brasileiras da Química, as quais vamos apresentar e discutir neste texto.

Quando o manuseio de produtos químicos entra em pauta, é necessário ter consciência, trabalhar com cautela e, acima de tudo, se precaver com todas as medidas de segurança necessárias para o manuseio sem causar nenhum dano para funcionários, meio ambiente ou bens materiais.

Cientista em um laboratório químico

Existem diferentes maneiras de tratar o uso de forma segura destes produtos, geralmente, países ou grupos de países aliados, geralmente possuem normas específicas, das quais se encaixam com excelência em suas necessidades, as normas mais populares conhecidas e utilizadas de forma comunal estão de acordo com os critérios estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em seus critérios sobre Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação, Rotulagem e Descarte de Produtos Químicos (conhecida de forma abreviada por GHS).

Normas e métodos para manusear produtos químicos

Dentro do Brasil, é padronizada a Norma Regulamentadora de número 26 (NR-26) que diz respeito sobre as específicas determinações que estes produtos químicos têm de ter para serem classificados em relação a sua periculosidade e também tem métodos para organizar seus sistemas de rotulagem de acordo com as necessidades físicas.

 É muito interessante ressaltar que esta norma também traz métodos de segurança de ambientes de trabalho, métodos visuais para equipamentos de segurança e diversos outros meios de reconhecer perigos. 

Pilha de papéis de documentos

Dependendo do grau de periculosidade do produto que é manuseado, como dito acima, existem diferentes possibilidades e formas de ter um manuseio responsável. O escopo de como utilizar produtos químicos varia de acordo com o tamanho e proporção de empresas e corporações. Todas devem seguir estritas regras para que a utilização seja responsável e plenamente segura para terceiros. Porém com diferenciações de acordo com o tamanho do negócio.

Também é necessário estar atento para o tipo de produto utilizado. Muitos produtos químicos possuem venda restrita e monitorada pela Polícia Federal, para isto é necessário manter um Certificado de Registro Cadastral (CRC) em dia, prontamente com uma licença de funcionamento (CLF). Estes documentos habilitam a pessoa jurídica a exercer quaisquer atividades com plena responsabilidade sobre estes produtos.

Identificando o perigo

A grande maioria dos produtos químicos que são perigosos ou requerem cautela são advertidos pelo diagrama de Hommel. Conhecido popularmente como diamante do risco, é um método de empregar de forma visual os diferentes graus de perigo em losangos específicos, conforme pode ser visto na imagem abaixo: 

Diagrama de Hommel

Dentro dos losangos, os riscos são quantificados e qualificados, de forma a representar riscos específicos: vermelho indica a inflamabilidade, amarelo a reatividade, azul o perigo a saúde e o branco contém uma área livre para colocar características livres do composto. Os riscos também variam de 0 a 4, sendo 0 risco mínimo, ou nulo, e 4 risco máximo, ou extremo.  

 A fiscalização sobre armazenamento, utilização e segurança é de responsabilidade da polícia federal e de órgãos fiscalizadores regionais. Você pode conferir mais sobre no site do governo

Descarte adequado e o meio ambiente

Embora a companhia tenha toda a responsabilidade de proteger, prevenir e fiscalizar tanto a segurança do ambiente industrial, como também o escopo de ambientes externos por meio da legislação vigente, a empresa também precisa ter uma enorme consciência ecológica e a favor do meio ambiente.

Indústria Química

Em prol disso, existem diferentes tipos de descartes adequados para reduzir ou neutralizar o impacto dos produtos químicos. Assim, espera-se manter e prevenir o ambiente para futuras gerações. Os métodos mais populares e com o melhor custo benefício para descarte de materiais químicos são aterros industriais e incineradores industriais.

Aterros e Incineradores

A diferença de um aterro industrial, para os aterros sanitários é o envio de resíduos propriamente industriais, resíduos químicos estes que, por precisarem de um pré-tratamento antes do descarte, necessitam de uma estrutura mais complexa, todas as estruturas de descarte de resíduos sólidos que podem afetar o meio ambiente, seguem a resolução do CONAMA nº 305/202. 

Já no caso de incineradores industriais, também existe todo um tratamento prévio e após o descarte. O intuito deste método de descarte é justamente reduzir ao máximo a toxicidade de diferentes tipos de materiais químicos. Isso ajuda a capturar a poluição tóxica e poder aterrar as cinzas que são formadas pelo material. O problema deste método é justamente o elevado custo em relação aos aterros industriais. Isso dificulta seu acesso para pequenas empresas que entram nesse ramo. 

CronÔmetro

 Caso não ocorra o descarte adequado dos produtos químicos, as consequências para as futuras gerações e para o meio ambiente podem ser imensas. Dependendo do tipo de produtos utilizados, estes podem reagir com diferentes estruturas, ocasionando malefícios para diferentes tipos de vida. Um dos maiores exemplos de descarte errado são os de metais pesados, que demoram centenas de anos para serem efetivamente deteriorados. Saiba um pouco mais sobre o impacto humano em ações diárias em nosso planeta, clicando aqui

Qual o perigo de não seguir as normas?

As normas que definem os escopos da segurança ao utilizar produtos químicos são essenciais para entender como devemos manusear, guardar e até mesmo condicionar certos produtos químicos. Um exemplo de catástrofe que ocorreu durante o ano de 2020 foi a explosão na área portuária de Beirute, no Líbano. Lá, um armazém, que se encontrava com 2750 toneladas nitrato de amônio armazenado em condições precárias, acabou explodindo e matando cem pessoas, além de deixar outras quatro mil feridas.

O nitrato de amônio é um composto extremamente volátil e tem coloração branca. Podemos utilizá-lo em uma vasta gama de fatores, desde fertilizantes até mesmo explosivos. No caso visto acima, a explosão ocorreu por um armazenamento precário, no qual existia há anos uma má administração de métodos de segurança sobre estes produtos. Isso ocasionou a eventual falha dos sistemas de segurança. 

A Química Jr. e a regulamentação de químicos

Com o objetivo de garantir que nossos clientes estejam dentro das regulamentações da química, nós da Química Jr. desenvolvemos soluções personalizadas para cada realidade. Um exemplo disso são as FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos), que são muito importante em indústrias e laboratórios, já que ajudam e prevenir acidentes. Para saber mais sobre como podemos ajudar você e a sua empresa, entre em contato conosco. É rápido, simples e gratuito.

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